Vivo um dia de cada vez, como se fosse o último, aproveitando-o ao máximo. Apesar de tudo o que acontece à minha volta, tento seguir em frente e acreditar que melhores dias virão.

sábado, 28 de março de 2009

28-03-03, já passaram seis anos da minha vida...

Sabem que dia é hoje? É só mais um como tantos outros... sim, este dia deixou de ter qualquer significado... apenas me faz sentir dor, tristeza, pena, amargura, desespero... sentimentos tristes e de culpa.
Agora que olho para trás, não sei bem o que pensar.
A vida é tão curta e ao mesmo tempo tão longa, e nós não sabemos aproveitar os poucos bons momentos que temos e passamos milhares de horas a afastá-los. Pois é, a vida é longa de mais para quem sofre e curta de mais para quem é, ou tenta ser, feliz.
A verdade é que éramos e éramos e só nos apercebemos dos erros, muitas horas, dias, semanas, ou até mesmo, anos depois.
Quando acordamos vemos que é tarde e que se o arrependimento matasse, há muito não estaríamos aqui.
Na realidade nem sei bem porque escrevo estas palavras, queria esquecer o passado, enterra-lo, mas, como sempre, existe aquele sentimento forte que não nos deixa seguir em frente e esquecer tudo o resto.
Como pode ser a vida tão injusta para pessoas que apenas tentam ser felizes. Não era mais fácil, nem sequer nascermos? Porque nunca conseguimos aproveitar o que de bom foi colocado no nosso caminho? Eu sei, é uma pergunta com mil e uma respostas e, ao mesmo tempo, sem resposta nenhuma.
Quem me garante que isto acontece a todos? Tenho percebido que o mal geralmente acontece aos bons e o bom acontece aos menos bons. Não! Não é imaginação da minha cabeça, é uma realidade que está aos olhos de qualquer um. Quis acreditar que não, que a culpa é sempre nossa, que sofremos porque queremos, que deixamos fugir por entre os dedos das nossas mãos tudo o que nos faz felizes… mas as coisas não são assim tão simples, o destino prega-nos partidas e faz as nossas vidas darem voltas de 360º, deixa tudo de pernas para o ar. Tudo muda!
Este dia, em tempos, foi especial, o mais especial da minha vida, mas agora, como disse, não é nada, a não ser um enorme vazio.
Não consigo interiorizar a realidade, continuo com a profunda dor de ter perdido para sempre, para sempre e para sempre. Um sempre onde existirá sempre um amor verdadeiro e único. Podem acreditar, existem amores que jamais se esquecem… só quem nunca amou não pode perceber o que sinto, o que escrevo. Não o faço para que tenham pena, faço-o como terapia, para acalmar a minha alma.
Ao longo destes meses concluí que as pessoas mudam de uma forma demasiado inconsciente e esquecem-se de quem realmente lhes quer bem. Tornam-se ruins e deixam de se preocupar com aqueles que mais significado deram às suas vidas.
Será que o mal se apodera, assim tão facilmente, das pessoas que julgávamos conhecer como a palma das nossas mãos? Acho impossível, mas o que é certo é que algo cegou um coração que eu julgava bom e sincero. Sim, como pode alguém não viver atormentado com o sofrimento que causa aos outros? Eu não conseguiria e acho pouco provável que alguém consiga, mas pelos vistos, acontece.
Não me digam que um novo amor aquece um coração de tal modo, ao ponto de fazê-lo esquecer um passado tão… tão…, porque o que vejo é um coração frio, um coração de gelo que não esqueceu, mas quer odiar o que de mais feliz existiu na sua vida.
Mas não vale a pena entrar por aí… as coisas estão mais que resolvidas… não para mim, mas para o outro coração. Os caminhos são diferentes e, como hei-de dizer… só ficam as lembranças, nada mais. As coisas mais tristes, que mais doem, são as mentiras, são as farsas, os segredos escondidos… a sério, nunca odiei tanto a mentira! Apesar de dizerem que a mentira tem perna curta, eu não sei se será bem assim.
São 05:57 e não sei bem o que continuar a escrever, existe uma miscelânea de sentimentos que quero passar para o papel, mas que não consigo, e enquanto isso, a vontade de dormir continua longe, como em todas as noites que têm passado por mim, lentas e sem o João Pestana a chamar por mim.
No fundo também eu congelei, também eu perdi tudo e agora, aos poucos, tento recuperar os cacos da minha vida, montar um puzzle quase impossível. Toda a inspiração se foi, a vontade de seguir um caminho novo, desconhecido.
Nem sei como já escrevi tanto. Na escola não me concentro, sinto-me cansada, não tenho imaginação nem criatividade para escrever num simples blogue, em casa só tenho vontade de me enrolar aos lençóis e ficar ali, todas as horas do meu dia, e na noite, sou o que fui em tempos, não o que sou agora, sou a menina alegre, bem-disposta, faladora, animada, maluca… mas todos sabemos que uns copos a mais dão nisto. Sim, eu era mesmo tudo o que têm visto nestes últimos dias, mas bebia apenas sumo e água e agora apenas o sabor da sangria dá a sua graça.
Isto é horrível, pensava que não ia pensar neste dia, que ia passar como todos os outros, mas em vez disso, continuo com a água salgada a correr-me pelo rosto e lá fora já é dia, já oiço vozes. Pessoas que já tiveram a sua noite de sono. E eu ainda nem fechei os olhos. Quem diria que estava cheia de sono no café e queria vir para casa.
Há seis anos, neste dia, comecei uma caminhada pelo caminho dos meus sonhos, mas esse caminho terminou há muito, apesar de eu não saber. Quando as coisas acabam uma vez, devem acabar para sempre, porque a partir daí já nada dá certo e não adianta dizer: “Eu vou mudar”. Até podemos mudar, mas se não tivermos vontade para lutar e tivermos à espera que as coisas nos caiam nas mãos, não vai resultar. Não resultou na minha vida, não deve resultar em muitas mais.
Já conversei com muitas pessoas, já ouvi várias opiniões, mas todas vão dar ao mesmo: “Esquece. Segue em frente. Tu mereces melhor.” Será que as pessoas não percebem? Eu também não percebia, só percebi quando me aconteceu a mim. Pois é, quando via alguém numa situação idêntica, nunca sabia o que dizer, mas hoje tenho o discurso bem decorado.
Perdi!
Tive demasiada confiança num amor que já não existia e deixei-me enganar por quem tinha sede de vingança. Qual é o homem que gosta de ser ferido? Nenhum! Qual é o homem que não gosta de enganar uma mulher? De fazer-lhe pior do que ela lhe fez.
Sim meus amigos, dizem que um homem sai mais magoado de uma relação, mas o certo é que depois arranja uma forma de vingança demasiado dolorosa para o sexo “fraco” da mesma.
O que posso fazer? Comemorar este dia, como todos os outros que passo aqui. Dormir, tentar estudar e arrumar a casa. E hoje até tenho direito a desenhos animados, sim, porque já são 06:34 e para um Sábado, deve ser normal esta programação na televisão.
Tenho mesmo que dormir, não quero passar a tarde na cama, tenho que curtir o dia 28 de Março de 2009. Estou a ser irónica. Este dia é demasiado penoso para mim, eu é que tento disfarçar, mas acreditem, é difícil.
Bem, lá estava eu a olhar, de novo, fixamente para não sei onde. Estas paragens são bem esquisitas! Enfim. Mas antes de ir dormir, fica aqui algo que eu aprendi: temos que aproveitar ao máximo as coisas boas da vida e se por acaso elas acabarem, o melhor a fazermos é guarda-las no nosso livro de recordações e nada mais, porque o tempo não volta para traz e não podemos fazer nada mas nada para mudar as acções passadas. Ah, e o arrependimento, não pensem nele, só nos magoa ainda mais.

1 comentário:

  1. Mas que mer** é esta phá?

    seis anos?? e ainda pensas nisto??
    Acho que já devias de ter interiorizado que tudo faz parte de uma aprendizagem de vida. Temos que aprender com as coisas boas e principalmente com as más!
    E deixa-te de dar valor a "coisas" insignificantes porque a vida é muito mais que isso... A vida é tão cheia de beleza e de coisas boas que só cabe a nós descobrirmos!
    Não digo que esqueças o passado, mas pá pensa nele d'outra forma e tira o máximo proveito daquilo que possas ter aprendido com ele, mas nunca te lamentes nem te perguntes pk é k foi assim ou pk é k foi assado! Foi assim e ponto!
    Cabeça pa cima gurl, a vida é demasiado curta pa lamentações!
    Beijo nessa bunda =D*

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